No Brasil, ainda existe entre algumas pessoas a compreensão de que não existe racismo ou, ao contrário, que também existe o chamado “racismo reverso”.
No ano de 2020, por exemplo, depois da morte brutal de um homem negro em um supermercado em Porto Alegre, algumas autoridades deram declarações negando qualquer relação entre o crime e motivações raciais sob a consideração de que no Brasil não existiria racismo.
“No Brasil, não existe racismo”, diz Mourão sobre assassinato de homem negro em supermercado (G1/globo.com)
Mais recentemente, a ex-Big Brother Carla Díaz foi surpreendida por um policial da Delegacia de Crimes Raciais para prestar esclarecimento em um inquérito em que foi colocada como vítima de preconceito racial.
Carla Díaz é surpreendida por inquérito em que é vítima de preconceito racial (Correio Braziliense/correiobraziliense.com.br)
Esses casos são exemplos de pensamento sobre não existir racismo no Brasil ou existir algo chamado “racismo reverso”. Diante desses casos, é possível perguntar: afinal, existe ou não racismo? Faz sentido falar em racismo reverso? E como essas questões podem ser abordadas filosoficamente?
Você e seu grupo (5 integrantes) devem criar um diálogo entre Sócrates e uma pessoa na qual as questões "existe racismo no Brasil?" e "faz sentido falar em racismo reverso?" sejam abordadas. Esse diálogo pode ser encenado em aula na forma de teatro ou em um vídeo produzido pelo grupo, de modo que permita um diálogo filosófico sobre as questões acima.
Imagine uma situação cotidiana onde essas questões possam ser abordadas, estude o conceito de racismo até chegar a uma boa definição e simule o processo de diálogo socrático.
Ao produzir o diálogo, considere a chave de avaliação abaixo (como o trabalho será avaliado):