A frase acima é um verso da música Toda forma de poder da banda brasileira Engenheiros do Hawaii que retrata de forma lírica o perigo dessa ideologia política. O fascismo é uma ideologia autoritária e extremista que se caracteriza pelo culto ao líder, repressão política, militarismo e conservadorismo. Embora suas manifestações variem, como nos regimes de Hitler na Alemanha, Mussolini na Itália e Franco na Espanha, todos compartilham o objetivo de promover um nacionalismo extremo e uma sociedade hierárquica, frequentemente utilizando violência e propaganda para mobilizar as massas e suprimir aqueles vistos como opositores ou inimigos. Apesar de ter surgido na metade do século XX, ainda hoje é possível refletir sobre suas transformações no século XXI.
Nesse roteiro, vamos estudar:
as experiências fascistas no século XX, suas características políticas, sociais e culturais e o que a filosofia refletiu sobre esse fenômeno;
a ideia de "banalidade do mal" para Hanna Arendt;
as manifestações do neofascismo no século XXI.
Após estudar o conteúdo, responda em seu caderno:
Cite e explique três características do fascismo.
No fenômeno fascista, qual o papel do líder e como ele é visto pela população?
Qual o papel da propaganda no fenômeno fascista?
Quais transformações em relação ao passado podem ser observadas hoje no movimento neofascista?
O que a filósofa Hannah Arendt quis dizer com a ideia de "banalidade do mal"? Como uma pessoa poderia evitar a prática do mal banal?
(VUNESP 2021) O tema do mal, em Hannah Arendt, não tem como pano de fundo a malignidade, a perversão ou o pecado humano. A novidade da sua reflexão reside justamente em evidenciar que os seres humanos podem realizar ações inimagináveis, do ponto de vista da destruição e da morte, sem qualquer motivação maligna. O pano de fundo do exame da questão, em Arendt, é o processo de naturalização da sociedade ocorrido na contemporaneidade. O mal é abordado, desse modo, na perspectiva ético-política e não na visão moral ou religiosa. O mal banal caracteriza-se pela ausência do pensamento. Essa ausência provoca a privação de responsabilidade. O praticante do mal banal não se interroga sobre o sentido da sua ação ou dos acontecimentos ao seu redor.
Depreende-se do texto que a banalidade do mal na contemporaneidade resulta, segundo Hannah Arendt,
a) da carência de formação religiosa.
b) da irreflexão institucionalizada.
c) da ausência de pacto regulador.
d) da voracidade dos interesses econômicos.
e) da perversidade humana.